Hoje, numa conversa com o P. (sobre um
blogger que pôs na net todas as listas de melhores filmes publicadas pelos Cahiers du Cinéma desde 1951 até 2007), falamos sobre a obsessão dos cinéfilos de fazer listas. Eu claro não fujo à regra e tenho publicado
aqui, todos os meses as listas dos filmes que tenho visto. No mês de dezembro não tive tempo para ver filmes quase nenhuns, o único mês em que não vi um único filme em dvd, do princípio ao fim. Mesmo assim, ainda consegui fugir umas vezes, até à cinemateca, para ver alguns dos filmes do ciclo Temps d'Image. Foi onde vi o filme que me impressionou mais nos últimos tempos, chama-se Trois Jours en Gréce. Acho que foi muito importante para mim ter visto este filme, porque tenho andado a questionar muito o que me interessa no cinema, e aqui encontrei muito do que me interessa. É um filme sem uma narrativa linear, muito longe da ficção comum, sem uma historinha para contar, que não encaixa no documentário, nem no diário filmado, mas sem deixar de ser tudo isto. A viagem, sobreposta à poesia, e por cima de tudo isto o humor (muito importante!) e no fim o plano maravilhoso no metro, que mostra como pode ser bem utilizado o steadycam (só outros dois filmes usam o steadycam como poesia, o Shining e o Elephant).
The Royal Tenenbaums de Wes Anderson
Trois Jours en Gréce de Jean-Daniel Pollet
"Uma Certa Noite" de Boris Barnet
Lola de Jacques Demy
Paranoid Park de Gus Van Sant
"12:08 A Este de Bucareste" de Corneliu Porumboiu
Something's Gotta Give de Nancy Meyers