diz o Stephen Dorff no Somewhere da Sofia Coppola.
Não percebo o que é que as pessoas têm contra os filmes que são sobre nada.
5 comentários:
Maria
disse...
Eu, particularmente, não tenho mas, provavelmente por ter ido ver o I'm Still Here do Joaquin Phoenix, este da Coppola não me apresentou grande novidade.
Eu não vi o filme do Phoenix, por isso não estou a ver a relação... Mas gosto da música dos Phoenix que aparece no filme da Coppola. Quanto a novidade também não vejo, mas é isso que me agrada. It's always the same. So what? (os melhores filmes do Woody Allen também eram todos a mesma coisa... Ou os do Bergman, ou os do Kaurismaki, ou os do Naruse, ou os do Wes Anderson, etc...) Aliás, uma das coisas que gosto mais no filme da Coppola é não só não ser novidade, como ser bastante datado (a fotografia é anos 70, o show italiano é anos 80, o Stephen Dorff é anos 90, os Strokes e a Amerie (que as coelhinhas da Playboy dançam) são anos 00... Aliás a própria Sofia Coppola já é um bocado anos 00... Tudo está um bocadinho fora do zeitgeist.
A mim também me agradam as influências e os filmes da Coppola. Agrada-me a “aparente” facilidade com que ela transmite intemporalidade nos seus filmes. Este, especificamente, não sei achei-o um pouco insípido e, como no seu desenrolar não conseguia deixar de me lembrar do do Phoenix, parti do princípio que tivesse sido esse o motivo para o meu desencanto. O I'm Still Here é, resumidamente e na minha perspectiva, um documentário sobre o mau feitio do Phoenix! Muitas das cenas vividas no Somewhere também se passam no documentário do Phoenix, a diferença está na personagem do Stephen Dorff, que é simpática, paranóica mas saudável e um pouco robótica mas sem cair na subordinação. O Phoenix, por seu lado, é intragável, paranóico com tudo e todos, e a querer, a todo o custo, desfazer-se do talento que tem para se meter num que não tem…, torna-se decadente. Os mais mainstream raramente entram na minha lista de preferências.
Dou um certo valor ao filme do Phoenix por ser uma espécie de filme tese sobre como os media são todos uns atrasados mentais, baseando-se num engodo: a personagem que o Phoenix representa.
Agora, como eu não faço parte dos media, nem tenho dúvida que são atrasados mentais não preciso de ver o filme, basta-me saber que foi feito. Não tenho a menor curiosidade em vê-lo. Ou seja não acho que seja sequer um filme para ver...
Bom, é pena que o tenhas associado ao Somewhere, porque é muito lindo. E o Stephen Dorff é muito bom (melhor actor que o Colin Firth, Christian Bale ou o Javier Bardem, que toda a gente adora...)
Pode ser que quando chegar aos 40 consiga vê-lo por outra perspectiva :). - esperança que o tempo me faça esquecer o do Phoenix (concordo, não foi uma grande opção ir vê-lo).
5 comentários:
Eu, particularmente, não tenho mas, provavelmente por ter ido ver o I'm Still Here do Joaquin Phoenix, este da Coppola não me apresentou grande novidade.
Eu não vi o filme do Phoenix, por isso não estou a ver a relação... Mas gosto da música dos Phoenix que aparece no filme da Coppola.
Quanto a novidade também não vejo, mas é isso que me agrada. It's always the same. So what? (os melhores filmes do Woody Allen também eram todos a mesma coisa... Ou os do Bergman, ou os do Kaurismaki, ou os do Naruse, ou os do Wes Anderson, etc...)
Aliás, uma das coisas que gosto mais no filme da Coppola é não só não ser novidade, como ser bastante datado (a fotografia é anos 70, o show italiano é anos 80, o Stephen Dorff é anos 90, os Strokes e a Amerie (que as coelhinhas da Playboy dançam) são anos 00... Aliás a própria Sofia Coppola já é um bocado anos 00... Tudo está um bocadinho fora do zeitgeist.
A mim também me agradam as influências e os filmes da Coppola. Agrada-me a “aparente” facilidade com que ela transmite intemporalidade nos seus filmes. Este, especificamente, não sei achei-o um pouco insípido e, como no seu desenrolar não conseguia deixar de me lembrar do do Phoenix, parti do princípio que tivesse sido esse o motivo para o meu desencanto.
O I'm Still Here é, resumidamente e na minha perspectiva, um documentário sobre o mau feitio do Phoenix! Muitas das cenas vividas no Somewhere também se passam no documentário do Phoenix, a diferença está na personagem do Stephen Dorff, que é simpática, paranóica mas saudável e um pouco robótica mas sem cair na subordinação. O Phoenix, por seu lado, é intragável, paranóico com tudo e todos, e a querer, a todo o custo, desfazer-se do talento que tem para se meter num que não tem…, torna-se decadente.
Os mais mainstream raramente entram na minha lista de preferências.
Dou um certo valor ao filme do Phoenix por ser uma espécie de filme tese sobre como os media são todos uns atrasados mentais, baseando-se num engodo: a personagem que o Phoenix representa.
Agora, como eu não faço parte dos media, nem tenho dúvida que são atrasados mentais não preciso de ver o filme, basta-me saber que foi feito. Não tenho a menor curiosidade em vê-lo. Ou seja não acho que seja sequer um filme para ver...
Bom, é pena que o tenhas associado ao Somewhere, porque é muito lindo. E o Stephen Dorff é muito bom (melhor actor que o Colin Firth, Christian Bale ou o Javier Bardem, que toda a gente adora...)
Pode ser que quando chegar aos 40 consiga vê-lo por outra perspectiva :). - esperança que o tempo me faça esquecer o do Phoenix (concordo, não foi uma grande opção ir vê-lo).
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