30 abril 2012

Depois é assim... a uns agrada-se, a outros não.


Encontrei estas críticas sobre La Chambre Jaune, uma curio- samente escrita por um português em espanhol e a outra não.

1. Francisco Valente para o blog Contrapicado

Pero destacamos la ficción, con La chambre jaune y O Que Arde Cura. La primera es un corto de André Godinho, un nuevo autor del cine portugués también conocido por su trabajo en documentales (MHM, 2009; sobre el editor de libros portugués Manuel Hermínio Monteiro) y sus experiencias en vídeo con los grupos de teatro portugueses Teatro Praga y Cão Solteiro (dos de los principales grupos de creación del teatro de vanguardia en Portugal). La chambre jaune es también una experiencia donde se nota la influencia teatral. Godinho filma y habla con su equipo para crear un homenaje cinéfilo a sus principales referencias (la Nouvelle Vague francesa, João César Monteiro, los actores-iconos y su poder en el cine) pero cuestiona, en todos los momentos, la forma de hacerlo y de encuadrar sus propias fantasías como espectador y director dentro de su obra.

2. Flávio Gonçalves para o blog Sessões Contínuas

A mais recente curta-metragem de André Godinho (que tem feito vídeos para óperas e peças de teatro), co-escrita por José Maria Vieira Mendes, é um exercício (a palavra é esta) auto-reflexivo que pode ser entendido como um making of de um filme (sobre outro filme) que não existe. Este objeto insólito, que cita trabalhos anteriores do realizador (O Desterrado e Namban Japan) e que tem até direito a estrela de cinema (Soraia Chaves), parte de uma citação de Robert Bresson nas suas Notas sobre o Cinematógrafo (“Constrói o teu filme sobre o branco, sobre o silêncio e a imobilidade”) para construir um filme que se quer sustentar pela ambiguidade das imagens sobre a ausência de uma narrativa. E essa opção acaba por ser fatal. “Má comédia”, como, a certo momento, uma personagem diz? Não. Simplesmente um filme que, infelizmente, tal como ouvimos em Passeio com Johnny Guitar (1996), de João César Monteiro (que está a ser exibido numa cena), parece irrelevante: “You got nothing to tell me”.

P.S.: permito-me só acrescentar umas palavras que faltam a esta citação...
You got nothing to tell me, 'cause it's not real.”

Sem comentários: