28 janeiro 2013
25 janeiro 2013
24 janeiro 2013
At last...
Um ano depois de terem saído os resultados, o concurso de apoio às curtas de 2011 foi homologado. At last...
18 janeiro 2013
De França a Àfrica
Quando comecei a trabalhar com o Rui Lopes Graça, no Don Quichotte, contei-lhe que tinha um projecto de documentário e que ia filmar em Angola no deserto do Namibe. Ele disse-me: eu vou para lá agora, trabalhar com a Companhia de Dança Contemporânea de Angola.
Isto anda tudo ligado, já dizia o outro...
Depois da viagem que o levou aos sítios por onde eu vou andar, fomos os dois para França. Numa viagem de carro rumo ao sul do país, ouvi esta música. Dedico-a ao Rui, que estreia o seu espectáculo hoje (mesmo sabendo que não há nenhuma Joanna, na Companhia, porque são só homens...)
16 janeiro 2013
Up next!
A próxima viagem é com o Teatro Praga, para uma ilha encantada. "Não vai ser fácil, vai ser lindo!"
The Tempest is coming soon!
mais info aqui (CCB) e aqui (MC93)
Don Quichotte e o público
O Público escreveu dois artigos sobre o Don Quichotte ou l'illusion perdue, que eu fiz com o Rui Lopes Graça em Estrasburgo. Um artigo no Público online no dia da estreia (que se pode ler aqui) e um no Público offline, com a reacção à estreia (que podem ler abaixo, se clicarem na imagem).
As reacções ao video, tanto da parte do Público como da parte do público, foram muito positivas, embora tenha percebido um certo desconforto da parte do público, que interpretou um efeito visual como um defeito técnico.
No video, de cada vez que aparecia a bailarina Sara Hochster (a minha Dulcineia), a imagem bloqueava e aparecia uma rodinha de carregamento (tipo YouTube), que interferia na sua fluidez.
Este efeito de realidade era de tal maneira forte para o público, que o impedia de encontrar um significado narrativo para ele. No entanto o efeito pretendido era alcaçado, tirar o espectador da sua zona de conforto.
Já o Público se deixou levar por outros caminhos mais contemplativos...
diário / blog
Um diário tem uma ordem, a uns dias seguem-se outros.
Já um blog tem uma ordem, que embora seja a mesma de um diário, a uns dias seguem-se outros, é inversa, o post mais recente é apresentado em cima e portanto a leitura vai em direcção ao post mais antigo.
O blog Arroios do Zé Maria Vieira Mendes é um diário, não dele mas do próprio diário (até porque a diferença entre a realidade e a ficção é que uma está escrita e outra não), que se lê nos dois sentidos.
Um dia cruzei-me com este diário, estava dentro de um teatro e por baixo de mim estava um cinema...
Já um blog tem uma ordem, que embora seja a mesma de um diário, a uns dias seguem-se outros, é inversa, o post mais recente é apresentado em cima e portanto a leitura vai em direcção ao post mais antigo.
O blog Arroios do Zé Maria Vieira Mendes é um diário, não dele mas do próprio diário (até porque a diferença entre a realidade e a ficção é que uma está escrita e outra não), que se lê nos dois sentidos.
Um dia cruzei-me com este diário, estava dentro de um teatro e por baixo de mim estava um cinema...
Os cinemas da cidade
No dia a seguir a partir para Estrasburgo saiu um artigo no Ípsilon sobre um livro dedicado aos Cinemas de Lisboa (pode-se ler aqui). O livro faz o retrato de uma cidade que teve grandes cinemas e que os perdeu todos. Hoje em dia, só existem em Lisboa 3 cinemas correntes, que não estão enfiados dentro de um centro comercial: o King, o Londres e o City Classic Alvalade (no Porto a perspectiva é muito mais deprimente, porque não só não existe nenhum cinema fora de um centro comercial, como nem sequer existe nenhum cinema dentro da cidade...)
A autora do livro diz que Lisboa abraçou o cinema no séc. XX, mas mais que isso, que fomos dos primeiros europeus a compreender o cinema. O problema é que tal como compreendemos, também deixámos de compreender e a cultura cinematográfica perdeu-se...
Em Estrasburgo num raio de 300 metros do meu hotel havia 4 cinemas, o Star Saint-Exupéry, o Vox (que tinha um belo néon), o Odyssée (que tinha uma semana de cinema turco) e o Star (que ficava na mesma rua que o hotel). Mas mais do que o número de salas, o surpreendente era o que estava nas salas.
O cinema da minha rua devia ter umas 5 salas, mas pelo menos uns 10 filmes em cartaz. Entre eles o Tabu, não só destacado pelo papel a dizer "coup de coeur", mas também no programa do cinema onde vinha destacado como filme do mês. Nesta sala estavam também 2 filmes de Jean Renoir em cópias novas, The River e Le Carrosse d'Or. E ainda o American Graffiti, mais filmes indie, mais cenas para crianças, mais um filme sobre o pintor Auguste Renoir, chamado Renoir e que criava a confusão na fila para a bilheteira, com as pessoas que queriam ver os filmes do Renoir.
Mas para nós, o que este cinema tinha de extraordinário era isto, num domingo à tarde, quando me decidi a ir ver o Le Carrosse d'Or, haver uma grande fila para o cinema, com uma rapariga a tentar organizar a fila pela ordem das sessões (que começavam atrasadas, à espera que todos tivessem tempo de comprar o seu bilhete e entrar sem perder nada do filme)...
A diferença não está no número de cinemas que existem na cidade, mas no facto de haver de facto público interessado em vê-lo.
A autora do livro diz que Lisboa abraçou o cinema no séc. XX, mas mais que isso, que fomos dos primeiros europeus a compreender o cinema. O problema é que tal como compreendemos, também deixámos de compreender e a cultura cinematográfica perdeu-se...
Em Estrasburgo num raio de 300 metros do meu hotel havia 4 cinemas, o Star Saint-Exupéry, o Vox (que tinha um belo néon), o Odyssée (que tinha uma semana de cinema turco) e o Star (que ficava na mesma rua que o hotel). Mas mais do que o número de salas, o surpreendente era o que estava nas salas.
O cinema da minha rua devia ter umas 5 salas, mas pelo menos uns 10 filmes em cartaz. Entre eles o Tabu, não só destacado pelo papel a dizer "coup de coeur", mas também no programa do cinema onde vinha destacado como filme do mês. Nesta sala estavam também 2 filmes de Jean Renoir em cópias novas, The River e Le Carrosse d'Or. E ainda o American Graffiti, mais filmes indie, mais cenas para crianças, mais um filme sobre o pintor Auguste Renoir, chamado Renoir e que criava a confusão na fila para a bilheteira, com as pessoas que queriam ver os filmes do Renoir.
Mas para nós, o que este cinema tinha de extraordinário era isto, num domingo à tarde, quando me decidi a ir ver o Le Carrosse d'Or, haver uma grande fila para o cinema, com uma rapariga a tentar organizar a fila pela ordem das sessões (que começavam atrasadas, à espera que todos tivessem tempo de comprar o seu bilhete e entrar sem perder nada do filme)...
A diferença não está no número de cinemas que existem na cidade, mas no facto de haver de facto público interessado em vê-lo.
08 janeiro 2013
inspirações póstumas.
Enquanto estive a preparar o video do Don Quichotte, vi muitos filmes (uns sobre o personagem, outros sem grande relação) e tirei muitas ideias que depois apliquei no video. O video está portanto cheio de referências do Bresson, ao Philippe Garrel e ao Gus Van Sant. Mas nenhuma destas referências é demasiado óbvia, ao ponto de as pessoas lerem nas imagens referências a outros realizadores em quem eu não pensei enquanto estava a trabalhar. E isto agrada-me muito: as referências que não estavam lá, mas que passaram a estar...
A título de exemplo, o plano que está em cima, foi criado a partir dos dois que estão em baixo. A coroa veio do Honor de Cavalleria do Albert Serra e o enquadramento e a acção veio do La Passion de Jeanne d'Arc do Dreyer.
Depois disseram-me "é muito Derek Jarman", ou "fez-me pensar no Werner Schroeter". Está tudo certo, portanto.
Estreia hoje...
A título de exemplo, o plano que está em cima, foi criado a partir dos dois que estão em baixo. A coroa veio do Honor de Cavalleria do Albert Serra e o enquadramento e a acção veio do La Passion de Jeanne d'Arc do Dreyer.
Depois disseram-me "é muito Derek Jarman", ou "fez-me pensar no Werner Schroeter". Está tudo certo, portanto.
Estreia hoje...
Don Quichotte ou l'Illusion Perdue
pelo Ballet de l'Ópera National du Rhin
coreografia de Rui Lopes Graça / Marius Petipa
estreia 8 de Janeiro em Strasbourg
mais info aqui.
07 janeiro 2013
Estreia amanhã em Strasbourg!
O espectáculo que me levou da Alsácia ao Mediterrâneo, à procura de um D. Quixote, um Sancho (sem pança) e uma Dulcineia, cheios de frio...
Don Quichotte ou l'Illusion Perdue
pelo Ballet de l'Ópera National du Rhin
coreografia de Rui Lopes Graça / Marius Petipa
estreia 8 de Janeiro em Strasbourg
mais info aqui.
05 janeiro 2013
2013! Primeiro espectáculo do ano (e para começar em grande!)
Estou a fazer video aqui:
Don Quichotte ou l'Illusion Perdue
pelo Ballet de l'Ópera National du Rhin
coreografia de Rui Lopes Graça / Marius Petipa
estreia 8 de Janeiro em Strasbourg
mais info aqui.
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