olha à sua volta, concentrado, bate com as chuteiras no relvado, ajeita as meias, limpa uma pinga de suor que lhe escorre pelo nariz, cospe para o lado, estica o dedo no ar, diz "hey", corre pára, concentrado, olha para trás, ajeita os calções, diz "aí, aí", olha à volta, sempre a mesma expressão, olha para a camera? mais nada.
Mais nada se passa no filme do Zidane. É maravilhoso!
Voltando ao post que aqui escrevi sobre o filme do Tarantino (e que por acaso revi este mês, logo a seguir ao Zidane), o cinema não é a narrativa (e o L'Avventura também é um excelente exemplo disso), o filme do Zidane, foi o filme que mais gostei de ver este mês, é arte contemporânea sim, mas não me digam que não é cinema. Não digam que este homem não é um personagem intrigante. E que este filme não tem uma estrutura clássica.
"A Tale of Two Sisters" de Ji-Woon Kim
L'Avventura de Michelangelo Antonioni
"Memories of Murder" de Bong Joon-Ho
Charulata de Satyajit Ray
"Suckers" de John Webster
"The Star's Caravan" de Arto Halonen
Zidane, a 21st Century Portrait de Douglas Gordon e Philippe Parreno
Death Proof de Quentin Tarantino
"A Father's Music" de Igor Heitzmann
Compilation, 12 Instants d'Amour Non Partagé de Frank Beauvais
Trust de Hal Hartley
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